terça-feira , 31 dezembro 2024
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Grupo criminoso detido por envolvimento em atividades ilegais de receptação e comercialização de peças automotivas.

Uma ação conjunta das delegacias especializadas de Repressão a Entorpecentes (DRE) e de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, ocorreu nesta terça-feira (15) e resultou na captura de 11 criminosos ligados a roubos, furtos e receptação de cargas na cidade do Rio, em Belford Roxo e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Goiás e Bahia. 

O bando desmontava os carros e vendia as partes em diferentes regiões, movimentando mais de R$ 30 milhões em um ano.

Essa operação faz parte da segunda fase da Operação Torniquete, cujo propósito é combater roubos, furtos e receptação de cargas e veículos. Até o momento, 106 criminosos foram detidos em 35 dias.

“A Torniquete não se resume apenas a ações de repressão, ela envolve investigação, inteligência e operações como a de hoje. Essa é apenas o começo de muitas ações desse tipo. Estamos planejando diversas outras, incluindo aquelas direcionadas à lavagem de dinheiro das lideranças das facções criminosas e de todos os envolvidos nesse esquema”, afirmou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

De acordo com o secretário, esses tipos de crimes são incentivados pelas facções criminosas. No Rio de Janeiro, 80% dos roubos de veículos e 90% dos roubos de cargas são realizados por esses grupos, que usam as comunidades como base para planejar os ataques, esconder os líderes e vender os itens roubados.

As investigações apontam que a quadrilha, liderada por Geonário Fernandes Pereira Moreno, conhecido como “Genaro”, já falecido, era responsável pela desmontagem de aproximadamente 80 carros roubados ou furtados por semana, com o intuito de vender suas partes e acessórios.

Os veículos eram levados para comunidades em Belford Roxo, controladas por uma facção criminosa liderada por “Genaro”. Lá, os carros eram desmontados e as peças armazenadas em depósitos alugados em nome de terceiros. Depois, o material era enviado para São Paulo e distribuído para Goiás, Santa Catarina e Bahia, onde eram comercializadas em ferros-velhos e lojas de autopeças, abastecendo o mercado ilegal.

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