sábado , 18 janeiro 2025
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EUA retiram Cuba da lista de países que promovem terrorismo

Cuba é retirada da lista de países considerados patrocinadores do terrorismo, segundo os Estados Unidos. O governo brasileiro elogiou o governo norte-americano pela revogação de seu posicionamento unilateral.

Com a decisão, os Estados Unidos suspenderam por 6 meses a possibilidade de processar pessoas e entidades que lucram com propriedades expropriadas durante Revolução Cubana, desde os anos 1960. Os norte-americanos também cancelaram as restrições para transações financeiras com o país caribenho. O ato foi assinado por Joe Biden, a menos de uma semana dele deixar a Casa Branca.

O governo cubano considerou a medida “limitada”, já que o bloqueio econômico e dezenas de medidas coercitivas tem causado danos à economia, com efeitos severos sobre a população, um estímulo à emigração de cubanos para fora da ilha.

Cuba lembra as dificuldades impostas para importação de combustível, a perseguição aos acordos de cooperação médica internacional, assim como ameaças aos navios mercantes que atracam na ilha. Na nota oficial, o governo cubano também lembrou que os norte-americanos podem reverter as medidas adotadas hoje, assim “como já ocorreu em outras ocasiões”.

Desde o final dos anos 1950, Cuba enfrenta o bloqueio econômico norte-americano. O democrata Barack Obama chegou a retirar Cuba da lista do terrorismo em 2015, mas o republicano Donald Trump voltou a colocá-la em 2021, em seu primeiro mandato.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil reforçou que considera injusto Cuba estar em uma lista de países que promovem o terrorismo, quando é de amplo conhecimento que o país latino-americano colabora com a promoção da paz e da integração regional. Essa posição foi reiterada diversas vezes, tanto publicamente quanto no diálogo direto com o governo norte-americano. Agora, o Brasil considera que retirar Cuba da lista do terrorismo é uma reparação e o restabelecimento da justiça e do direito internacional.

Nesse mesmo contexto, os Estados Unidos também apoiaram o entendimento de Cuba com a Igreja Católica para libertar presos políticos. De acordo com o governo cubano, mais de 10 mil pessoas foram liberadas entre 2023 e 2024. Neste mês de janeiro, o presidente cubano comunicou ao Papa Francisco, a liberdade para mais de 500 pessoas.


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