A 22ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) terminou no último domingo (13), após cinco dias repletos de uma programação cultural diversificada. De acordo com os organizadores, o evento atraiu aproximadamente entre 27 mil e 30 mil visitantes para a cidade histórica do litoral sul do Rio de Janeiro.
O evento principal, que ocorreu ao redor da Praça da Matriz, no centro histórico, foi o destaque de uma ampla programação paralela organizada por diversas empresas. Com 20 mesas de debate, os organizadores enfatizaram que as discussões abordaram temas urgentes da contemporaneidade, como emergência climática, disseminação de notícias falsas e autoritarismo, promovendo a diversidade de visões e sensibilidades.
A taxa de ocupação dos hotéis e pousadas atingiu 95%, com as ruas lotadas de pessoas atraídas pela presença de escritores renomados, como a brasileira Carla Madeira, a mexicana Jazmina Barrera, o colombiano Juan Cárdenas e o palestino Atef Abu Saif, entre outros. Também marcaram presença artistas, celebridades, políticos e formadores de opinião, incluindo o influenciador digital Felipe Neto, que lançou um livro sobre ódio e polarização política. Em um dos painéis, Neto e a jornalista Patrícia Campos Mello, autora de A Máquina do Ódio, discutiram estratégias para lidar com o ódio.
Além dos debates entre autores, transmitidos gratuitamente em um telão na Praça da Matriz, a programação oficial da Flip – que homenageou o escritor João do Rio (1881-1921) neste ano – incluiu a Flip+, uma série de atividades gratuitas como exibições de cinema, mais debates literários, lançamentos de livros, apresentações artísticas e ações voltadas para crianças, jovens e educadores.
Segundo os organizadores, mais de 53 mil pessoas acompanharam os debates da programação principal pelo YouTube, um aumento significativo em relação aos 25 mil espectadores de 2023. As atividades educativas envolveram cerca de 5,5 mil pessoas e a livraria oficial do evento vendeu aproximadamente 15 mil exemplares de livros.
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