A Justiça determinou, na tarde de ontem (21), a prisão temporária de Adriana Vargas dos Santos, coordenadora técnica do laboratório PCS Lab Saleme, durante uma audiência na Central de Custódia de Benfica, localizada na zona norte da cidade.
Adriana foi detida ontem (20) em sua residência, na cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Durante a operação, os policiais da Delegacia do Consumidor (Decon) apreenderam três computadores e quatro celulares na casa.
A polícia aponta Adriana como responsável por ordenar que o protocolo de verificação de antígenos, que deveria ser realizado diariamente, passasse a ser feito semanalmente, visando obter mais lucro para o laboratório. A acusada negou as alegações, repetindo a postura adotada em seu primeiro depoimento, quando foi ouvida como testemunha no início da semana passada.
O laboratório, que era responsável pela realização dos testes antes dos órgãos serem destinados a transplantes no estado do Rio de Janeiro, emitiu laudos incorretos para dois doadores, atestando que eram negativos para o HIV quando, na verdade, eram portadores do vírus. Como consequência, seis pacientes foram contaminados com HIV após os transplantes.
Além de Adriana, também tiveram a prisão temporária decretada o médico Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Saleme, o técnico Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionários da instituição.
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