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Antigo colaborador de Brazão refuta acusações de ter fornecido arma para o assassinato de Marielle

O ex-policial militar Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, refutou hoje (25) a acusação de ter fornecido a arma utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro.

Robson atuava como assessor do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) como réu na ação penal em andamento na Corte.

No seu testemunho, Robson Calixto afirmou que nunca teve qualquer contato com o ex-policial Ronnie Lessa, confesso dos disparos que vitimaram a vereadora. Lessa alega que a arma utilizada no crime foi entregue a ele por Calixto.

“Como um assassino profissional, com um histórico de mais de 100 mortes, iria precisar obter uma arma através de mim para realizar o trabalho? É absurdo o que esse indivíduo está insinuando. Jamais faria algo assim. Tenho 48 anos e zelo pela minha vida e da minha família”, declarou.

Calixto também negou qualquer ligação com milícias ou grilagem de terras na zona oeste do Rio. “Nunca fiz parte de milícias. Sempre fui um trabalhador”, enfatizou.

O depoimento de Robson Calixto foi interrompido por volta das 19h e será retomado na próxima terça-feira (29). A inquirição é conduzida pelo desembargador Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.

Além de Robson Calixto, também são acusados no processo criminal do caso Marielle os irmãos Chiquinho Brazão (deputado federal) e Domingos Brazão, o ex-diretor da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira.

Todos respondem pelos delitos de homicídio e organização criminosa e estão detidos por ordem de Moraes.

Conforme apontado pela investigação da Polícia Federal, o assassinato de Marielle está associado à postura da parlamentar contrária aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que mantêm vínculos com questões fundiárias em regiões controladas por milícias no Rio.

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