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Israel adia votação de proposta de cessar fogo para esta sexta (17)

Israel adiou para esta sexta-feira (17) a votação da proposta de cessar-fogo, em meio à oposição por parte da ala mais radical do governo. Desde que o acordo foi anunciado por Catar e Estados Unidos, nessa quarta-feira (15), bombardeios israelenses em Gaza mataram ao menos 77 pessoas e deixaram mais de 200 feridas. Os ataques aéreos israelenses continuaram durante toda a noite e início desta quinta-feira (16). Um dos locais atingidos foi uma escola na cidade de Gaza, que vinha sendo usada como abrigo por deslocados. O ministro da segurança nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema-direita, voltou a ameaçar retirar o partido dele da base de apoio do governo, caso o acordo de cessar-fogo seja aprovado.

Mais cedo, Israel havia acusado o Hamas de apresentar demandas novas, que não faziam parte dos termos aprovados ontem. E adiou para esta sexta-feira a votação da proposta. O alto funcionário do Hamas, Izzat al-Risheq, negou que o grupo tenha apresentado qualquer emenda. E disse que segue comprometido com o que foi anunciado pelos mediadores. Em Jerusalém, um grupo de israelenses contrários ao cessar-fogo protestou com réplicas de caixões. O movimento liderado pelas famílias da maioria dos reféns voltou a se manifestar a favor da proposta. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse estar confiante de que a trégua vai começar neste domingo (19), conforme previsto. Nas fronteiras de Gaza, caminhões carregados com ajuda humanitária já fazem fila. A primeira fase do acordo prevê a entrada de 600 deles por dia. 

Na África do Sul, foi concluída, após três dias, a operação de resgate em uma mina de ouro desativada, onde centenas de garimpeiros ilegais estavam presos há meses. A mina tem cerca de dois quilômetros de profundidade e fica perto de Stilfontein, a 150 quilômetros a sudoeste de Joanesburgo. 246 homens foram retirados com vida. Muitos gravemente desnutridos e desorientados. Também foram removidos 78 corpos, dos que não resistiram às condições precárias e à falta de água e comida. Desde agosto, a polícia vinha impedindo a entrada de ajuda, para tentar forçar a saída dos garimpeiros. A justiça ordenou que o governo os resgatasse.  

Na Coreia do Sul, a Corte Constitucional realizou o segundo dia de audiências do processo de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. A Corte tem seis meses para decidir se ele será removido do cargo em definitivo. A defesa pediu aos juízes que admitam como evidência a alegação de fraude eleitoral. A decretação de lei marcial no começo de dezembro serviria supostamente para inspecionar o sistema eleitoral sul-coreano. Nessa quarta-feira (15), Yoon Suk Yeol se tornou o primeiro presidente do país a ser preso. Após se negar a responder às perguntas dos investigadores, ele foi transferido para um centro de detenção, onde apoiadores se reuniram nesta quinta-feira (16).

*Com informações da agência Reuters


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