quinta-feira , 26 dezembro 2024
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Israel anuncia cessar-fogo contra Hezbollah no Líbano

Israel anunciou um cessar-fogo com um grupo Hezbollah do Líbano que passa a valer a partir de amanhã, quarta-feira (26).

As tropas israelenses começaram uma invasão terrestre do Líbano há cerca de dois meses em resposta a quase um ano de ataques de foguetes do Hezbollah. O conflito provocou deslocamentos forçados de milhares de pessoas de ambos os lados, sobretudo no Líbano.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o cessar-fogo vai permitir ao país focar no Irã, recompor as forças armadas, incluindo os estoques de armamentos e o contingente, e isolar o Hamas, de Gaza.

Autoridades libanesas já tinham dado o sinal verde para a proposta.

O cessar-fogo foi costurado por Estados Unidos e França e prevê que tanto Israel quanto o Hezbollah se retirem do sul do Líbano em até 60 dias.

O Hezbollah precisa ficar a pelo menos 30 quilômetros da fronteira com Israel. Nessa zona tampão, vão atuar o Exército do Líbano e a Unifil, a força de paz das Nações Unidas.

Netanyahu lembrou as perdas impostas ao Hezbollah, como o assassinato das principais lideranças e prometeu responder vigorosamente se o grupo libanês desrespeitar o acordo.

Horas antes do anúncio do cessar-fogo, intensos ataques israelenses atingiram bairros densamente povoados de Beirute e de cidades vizinhas.

No distrito de Noweiri, os moradores não receberam aviso prévio, até agora 7 mortes foram confirmadas. Pelo menos 10 outros ataques sacudiram distritos ao sul de Beirute.

As bombas caíram apenas meia hora depois da maior ordem de evacuação já feita pelo exército israelense no Líbano.

O cessar-fogo anunciado hoje (26) não inclui a faixa de Gaza, onde é o Hamas que segue enfrentando as tropas israelenses.

A população palestina ficou dividida com a notícia, alguns têm esperança que a trégua se estenda para o território, outros temem que as operações israelenses se intensifiquem ainda mais.

Após 14 meses da guerra que devastou a faixa de Gaza, mais de 44 mil pessoas já morreram e quase 105 mil ficaram feridas.

* Com informações da agência Reuters.


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