Especialistas e gestores públicos discutiram recentemente a implementação da inteligência artificial e a gestão de dados nas políticas educacionais. O seminário sobre Educação, Governança de Dados e Inteligência Artificial, organizado pelo Ministério da Educação, buscou apresentar soluções para a administração de informações que asseguram direitos e a utilização de dados na tomada de decisões. O evento contou com a parceria da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e do Instituto Federal de Brasília (IFB).
Por exemplo, se analisados em tempo real, dados como a frequência em aulas podem ser utilizados para apoiar uma instituição de ensino a tomar medidas necessárias para auxiliar os estudantes, visando garantir a permanência dos alunos e o acesso à educação.
Anita Gea Martinez Stefani, diretora de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica (SEB), enfatiza que um dos obstáculos é obter documentos como o histórico escolar da educação básica para alunos que frequentaram mais de uma instituição, indicando a necessidade de modernizar a maneira como os dados são tratados na rede educacional em geral.
“Quando abordamos a interação e interoperabilidade de dados e conexão das informações, estamos falando sobre fornecer direitos, serviços públicos que já poderiam estar disponíveis, mas que ainda não foram organizados tecnicamente para disponibilização aos cidadãos”, destaca a diretora.
Para atender à demanda de atualização dos métodos atualmente empregados, foi criado o Gestão Presente, um hub educacional (plataforma de armazenamento e organização de dados). Desenvolvido em parceria entre o MEC e o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES/UFAL), o sistema é um Hub de Dados da Educação Básica que armazena informações de alunos e auxilia nos processos de gestão escolar, como diário de classe e matrícula, entre outros.
Vilmar Klemann, representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), também destaca alguns dos desafios enfrentados, como dados incorretos ou incompletos, a interpretação e análise de dados e a falta de profissionais qualificados.
“Normalmente, profissionais qualificados não permanecem nas redes municipais, resultando infelizmente em uma alta rotatividade”, lamenta Klemann.
As discussões evidenciaram como a tecnologia pode ser aplicada não apenas como recurso educacional, mas como uma ferramenta de otimização, auxiliando a escola a ser mais eficaz na gestão da educação.
Para assistir aos debates, acesse o canal do MEC no YouTube ou a página do evento.
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