O governo brasileiro acompanha, com preocupação, a escalada de violência em Moçambique.
Desde a divulgação dos resultados das eleições presidenciais, em outubro, o país africano vive uma onda de protestos de apoiadores do candidato Venâncio Mondlane, do Partido Podemos, que ficou em segundo lugar na apuração oficial, com 20%.
A Comissão Nacional de Eleições divulgou resultado que deu a vitória ao candidato da situação, Daniel Chapo, com 70% dos votos. Ele é o representante do partido Frelimo, que comanda o país desde 1975. O resultado da eleição ainda precisa ser proclamado pelo Conselho Constitucional de Moçambique.
Nas redes sociais, Mondlane, diz que não reconhece os resultados divulgados, prometeu anunciar, nesta segunda-feira, novas datas de manifestações contra o resultado do pleito.
A oposição denuncia a violência da polícia contra os manifestantes e prisões, que já resultou, segundo a Rádio França Internacional, em mais de uma dezena de pessoas mortas.
Filipe Nyuse, atual presidente de Moçambique, defendeu na imprensa a ação da polícia, que estaria evitando saques e violência durantes os protestos na capital, Maputo.
O governo brasileiro ainda reforçou o direito à liberdade de reunião e de manifestação, e pediu as partes à contenção, de forma a assegurar o exercício pacífico da cidadania.
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