O renomado repórter gaúcho José Roberto Garcez, de 72 anos, faleceu ontem à noite em São Paulo, após sofrer um infarto. Natural de Porto Alegre, ele ocupou posições de destaque ao longo de sua carreira. Foi diretor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e presidente da Radiobras.
O presidente da EBC, Jean Lima, ressaltou a contribuição de Garcez na fundação da empresa. “A comunicação sofre a perda de um jornalista extremamente importante, que teve um papel fundamental na criação e na defesa da EBC. Garcez sempre foi um defensor da valorização da comunicação pública, deixando um legado significativo. Meus sentimentos à família, colegas de trabalho e amigos”, afirmou.
A primeira presidente da EBC, Tereza Cruvinel, destacou a trajetória de Garcez na luta pela comunicação pública antes mesmo da criação da empresa, mencionando sua atuação como presidente da Fundação Piratini e da Radiobras. “Ele teve um papel ativo no Fórum da TV Pública e na batalha pela aprovação da MP 398, que resultou na lei da EBC. Sempre o lembrarei como um combatente dedicado, priorizando os resultados acima das vaidades, lamentando a falta de contato nos últimos tempos”, disse.
O jornalista Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobras no governo Lula, enfatizou a influência de Garcez na gestão da empresa durante sua permanência lá. Bucci destacou a seriedade, competência e visão humanista de Garcez, ressaltando sua importância na transição para a criação da EBC.
Helenise Brant, diretora de Jornalismo na Radiobras e diretora executiva de Produção na EBC, descreveu Garcez como um militante incansável da comunicação pública, líder generoso e amigo leal. Ela destacou sua contribuição na reforma da Radiobras e na construção da EBC, ressaltando sua dedicação ao projeto em detrimento da própria biografia.
Patrícia Duarte, colega de Garcez na Radiobras e atualmente na Secretaria de Comunicação da Presidência, elogiou o comprometimento do jornalista com a comunicação pública e a democratização dos meios de comunicação. Ela lembrou sua competência profissional e personalidade gentil, ressaltando sua importância na construção da EBC.
Além de seus cargos na Radiobras e na Empresa Brasil de Comunicação, Garcez foi diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS), e presidiu a Fundação TV Piratini.
O SindJoRS expressou solidariedade à família, colegas e amigos de Garcez, enquanto a Associação Riograndense de Imprensa lamentou a perda do renomado jornalista.
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