A Flup, Festa Literária das Periferias, divulgou a programação de sua 14ª edição, que acontecerá de 11 a 17 de novembro no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Neste ano, mais de 90% das atividades serão lideradas por mulheres negras. Nomes importantes da literatura nacional e internacional, assim como representantes das artes e da academia, participarão de debates, oficinas, apresentações musicais, saraus e lançamentos de editoras.
No Ciclo de Debates Aquilombamentos, serão discutidas questões raciais, étnicas, de gênero e ambientais, antecedendo o Fórum do G20. O evento busca fortalecer o debate em torno das periferias – tanto globais quanto brasileiras – e conectá-las a movimentos de resistência.
O diretor-fundador da Flup, Julio Ludemir, destaca a importância do evento para conectar as periferias brasileiras a debates globais sobre raça e cultura, em concordância com as discussões econômicas do G20.
A edição deste ano homenageará Maria Beatriz Nascimento, historiadora, poeta e cineasta que foi fundamental na defesa dos direitos humanos de negros e mulheres no Brasil. Sua pesquisa acadêmica e militância antirracista influenciaram a programação da Flup, tendo o quilombo como símbolo de resistência e comunidade.
O evento contará com mesas literárias como “O que Queremos para Ontem?” com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e “Insiders/Outsiders” com a escritora Conceição Evaristo.
A Flup, reconhecida como patrimônio cultural imaterial em 2023, terá uma programação gratuita e para todas as idades, com patrocínio do Ministério da Cultura e Shell, além do apoio do Instituto Cultural Vale e da Globo através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e da Fundação Ford.
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