quinta-feira , 2 janeiro 2025
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Uma pessoa do sexo feminino foi detida por participação em situação relacionada ao vírus HIV em procedimento cirúrgico no estado do Rio de Janeiro.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou a prisão de uma mulher no último domingo (20) sob suspeita de participação na emissão de laudos incorretos pelo Laboratório PCS Saleme, resultando na contaminação de seis pacientes que passaram por transplantes de HIV no estado. A prisão ocorre no âmbito da segunda etapa da Operação Verum. A identidade da mulher detida ainda não foi divulgada.

Conforme comunicado da Polícia Civil, a operação tem como objetivo cumprir, além da prisão, oito mandados de busca e apreensão, com o intuito de fortalecer a investigação em curso. A ação está a cargo de policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE).

A primeira fase da operação resultou na prisão de quatro pessoas: o médico Walter Ferreira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, e os funcionários Jacqueline Iris Bacellar de Assis, Cleber de Oliveira Santos e Ivanildo Ferreira dos Santos.

Além das diligências realizadas no domingo, segundo a polícia, estão sendo analisados os documentos e materiais apreendidos.

As investigações conduzidas pela Delegacia do Consumidor apontam para uma falha operacional no controle de qualidade dos testes, visando reduzir custos. As amostras deixaram de ser analisadas diariamente, passando a ser feitas apenas semanalmente.

Também está em andamento um inquérito que investiga o processo de contratação do laboratório pelo governo do estado.

“A força-tarefa do Governo do Estado tem como objetivo esclarecer rapidamente os fatos e responsabilizar os envolvidos caso sejam encontradas irregularidades”, informou a Polícia Civil.

Contextualização do Caso

Dois doadores foram diagnosticados erroneamente com HIV pelo laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelos testes realizados antes dos transplantes no estado do Rio de Janeiro. Os pacientes foram considerados negativos, quando, na verdade, eram portadores do vírus. Como resultado, seis pacientes foram contaminados com HIV em decorrência dos transplantes.

O PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária local até a conclusão das investigações, visando garantir a segurança dos transplantes. Novos exames pré-transplante estão sendo conduzidos no Hemorio.

A Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde e responsável pela gestão das unidades da rede estadual, convocou, de forma emergencial, a segunda colocada em pregão para substituir o laboratório PCS Lab Saleme. Uma nova licitação está em preparação.

O laboratório PCS Lab Saleme possuiu pelo menos três contratos com a Fundação Saúde. Entre seus sócios, estão familiares do deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do estado de janeiro a setembro de 2023. Em comunicado divulgado por sua assessoria no último dia 11, o parlamentar afirmou que, durante sua gestão, não participou da escolha de nenhum laboratório.

O caso, considerado grave pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pelo Ministério da Saúde, está sendo investigado pela Anvisa, Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, e pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde.

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